.
 .
.
.
.
.
.
.
.
 .
.
.
.
.

Dorival Junior aceitou o convite para comandar o Flamengo. As negociações tiveram desfecho rápido na manhã desta sexta-feira, mas o treinador, que chega a Salvador na tarde desta sexta e já comanda a equipe contra o Bahia, pelo Brasileirão, espera falar com Maurício Barbieri antes do anúncio oficial. O acordo será até o fim de 2018.

O nome foi o de maior aceitação diante das dificuldades do mercado. Vanderlei Luxemburgo não tem aceitação da diretoria após as críticas na saída em 2015. Assim, Dorival foi contatado ainda na noite de quinta, quando o vice de futebol, Ricardo Lomba, bateu o martelo pela demissão.

Candidato da situação no pleito de novembro, Lomba venceu a queda de braço com Eduardo Bandeira de Mello, que era favorável à manutenção do treinador. O vice de futebol conduziu todo o processo de negociação.

Dorival Junior ainda recebe do Flamengo por conta da dívida por atraso de salários em sua primeira passagem, em 2012 e 2013. O treinador chegou a entrar na Justiça do Trabalho e ganhou ação na casa dos R$ 10 milhões. A questão, no entanto, em nenhum momento foi empecilho para o acerto.

Dorival chegou ao Flamengo em meio ao Brasileirão de 2012, em substituição a Joel Santana. No total, ele comandou o time em 37 jogos, com 15 vitórias, 12 empates e 10 derrotas (aproveitamento de 51,3%), sendo demitido já na gestão Eduardo Bandeira de Mello.

Nota de Barbiere e silêncio dos jogadores em chegada a Salvador:

Em Salvador, os jogadores desceram em silêncio do ônibus. Ninguém deu entrevista. Alguns poucos torcedores estavam lá. Houve um que gritou: “Vamos jogar!”. O goleiro César, que será titular no sábado, às 21h, diante do Bahia, deu alguns autógrafos.

Barbieri se manifesta em nota

Por meio de um texto enviada para a imprensa por sua assessoria, Mauricio Barbieri agradeceu a oportunidade de treinar o Flamengo. Ele falou sobre a pressão em comandar o clube em um ano de eleição – em dezembro os sócios elegem novo presidente – e diz esperar retornar um dia.

A nota na íntegra:

“Foi um prazer trabalhar num dos maiores clubes do mundo. E fico satisfeito e orgulhoso, também, por ter ajudado na evolução de jovens talentos formados no clube e ter participado do crescimento profissional deles, o que sempre foi um lema no Flamengo.

É um ciclo que se encerra e, agora, fico na torcida para que o time conquiste o título brasileiro. E tem totais condições para isso. A pressão por resultados é muito intensa, até pela grandeza do clube, mas em ano eleitoral isso se aflora ainda mais. Que esse momento político turbulento não atrapalhe na reta final.

Tenho certeza de que deixo as portas abertas para poder, quem sabe um dia, voltar e fazer um novo trabalho. Só tenho a agradecer a toda diretoria, comissão técnica, jogadores e demais funcionários. E ao torcedor rubro-negro, que é soberano e faz a diferença”.