A decisão do governador Rui Costa de cortar salário de abril dos professores grevistas das universidades estaduais foi repudiada pela Central Única dos Trabalhadores da Bahia (CUT Bahia) em nota de apoio ao movimento. A paralisação completa um mês na próxima quinta (9) e atinge as quatro instituições de ensino superior estaduais (Uesc, Uesb, Uneb e Uefs). Para a direção da CUT, a atitude do governador enfraquece “a relação de negociação entre governo e movimento grevista”.

A nota observa a ação do governo em liberar R$ 36 milhões para investimentos, mas o respeito aos docentes e o diálogo com os representantes da categoria “precisam ser soberanos em momentos”. Aponta, ainda em nota, que este é um período de ataque aos direitos trabalhistas, com “cruéis e duros golpes que sindicatos e trabalhadores vêm enfrentando com atual governo federal”. A CUT também ressalta a legalidade da greve.

A Central Única dos Trabalhares da Bahia (CUT Bahia) na defesa dos direitos dos trabalhadores e das práticas sindicais vem a público repudiar a atitude do governador Rui Costa de cortar os salários dos professores universitários, em greve desde o dia nove de abril de 2019.

“Compreendemos a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), as questão orçamentária, mas não as custas e em detrimento das classes dos trabalhadores. O Estado deve cumprir seus deveres e contemplar as necessidades das categorias que fazem a Bahia funcionar promovendo a tão fundamental educação na Bahia, transformando estudantes em profissionais e futuras lideranças.” Clique no “leia mais” e confira a íntegra da nota da CUT.

NOTA DE APOIO

Entendemos que foi liberado 36 milhões de reais para investimentos nas instituições de ensino superior mas respeito aos docentes e diálogo com os representantes da categoria precisam ser soberanos em momentos tão cruéis e duros golpes que sindicatos e trabalhadores (a) vem enfrentando com atual governo federal.

Greve é regulamentada pela Lei 7.783/1989 e é uma conquista democrática. O rito de legalidade foi cumprido, por deliberação da assembleia docente da Associação dos Docentes da UNEB – ADUNEB, a categoria paralisou suas atividades, a comunicação foi feita com 72 horas de antecedência à Administração Pública e aos usuários do serviço educacional, feito também a Ação Declaratória de Legalidade e a manutenção dos 30% dos serviços da universidade, logo tal repressão oriunda do governador somente vem enfraquecer a relação de negociação entre governo e movimento grevista.

Compreendemos a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), as questão orçamentária, mas não as custas e em detrimento das classes dos trabalhadores. O Estado deve cumprir seus deveres e contemplar as necessidades das categorias que fazem a Bahia funcionar promovendo a tão fundamental educação na Bahia, transformando estudantes em profissionais e futuras lideranças.

Neste sentido, a posição da CUT Bahia é solicitar para que se mantenha diálogo, apoiar a greve dos docentes e permanecer ao lado das/os professoras/es da Uneb (Universidade do Estado da Bahia), da Uefs (Universidade Estadual de Feira de Santana), Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) e Uesc (Universidade Estadual De Santa Cruz) que reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho.