João Calazans Filho em: Se fossemos um país maduro e responsável, os cidadãos fora do grupo de risco voltariam ao trabalho de imediato.

Não adianta correr, o coronavírus irá chegar a todos os brasileiros, independente de: cor, raça, religião, viés político ou ideologia partidária.
A afirmação acima nos abre portas, para acreditar que a doença COVID 19, originado do coronavírus, incidirá de formas totalmente diferenciadas em cada uma das pessoas que venha contraí-lo. Chamamos isso de individualidade biológica.
O confinamento quebrou a rotina da ampla maioria dos brasileiros, criando uma nova rotina através de um dos sete pecados capitais, a preguiça, que através dela, parte da população vai aprender a deixar de trabalhar. Em 1.485 municípios com população entre 30 a 45.000 habitantes pouco foi feito para que as pessoas optassem pela dor da clausura sem crime.
O desordenamento jurídico, político e educacional desses municípios, não os puseram em grupos de riscos, até porque estão fora do mapa geopolítico da nação, exceto em época de eleições.
– Estão todos na rua. Joaldo que bebe sua cachaça, Antonio que é aficionado por ciclismo e não quer deixar sua bicicleta sofrer de inércia, Ninão que não deixará de ir à roça alimentar os seus porcos, vacas e cuidar da plantação. Da mesma forma que muitos outros brasileiros que o estado virou as costas, são esses brasileiros que estão atuando no front, continuam trabalhando para manter a sua família e, por conseqüência, ajudar o país economicamente vendendo os seus produtos para alimentar os confinados.
Entretanto, os que pensam um pouco, estão deixando para punir a China em outro contexto. A China não interessa nesse momento, porque o que realmente será oportuno, seria ver irmanadamente os brasileiros fora do risco de contrair e desenvolver a doença CODIP 19, voltando ao trabalho para produzir e puxar o país do buraco imensurável em que está caindo. – Trabalhar? Ir para a escola? Quem foi o doido que inventou essa história? Muitos perguntariam assim á primeira investida de algum desavisado sobre o cancelamento dessa bendita quarentena. Trabalhar sim! Precisamos trabalhar e, as crianças, homens e mulheres abaixo de 60 anos deveriam voltar as suas ocupações, deixando a quarentena para os idosos e enfermos que estão em grupo de risco.
Todavia, em um país que os empregados públicos ou privados procuram o calendário sonhando encontrar feriados e dias santos, tendo um patrão para pagar quatro meses de salários dias não trabalhados, esses não estão preocupados em voltar ao trabalho de forma alguma e, não estão preocupados com que pode acontecer com a empresa que trabalha, porque se a empresa fechar ou falir, faltamente perderão os seus empregos. Não é caso dos funcionários públicos, esses possuem uma forma diferente de se mostrar inerte, é outra vertente, os funcionários públicos não estão preocupados com o Brasil, eles querem férias permanentes, desde que o salário caia nas suas contas todos os meses. Os funcionários públicos, não em sua maioria, é claro! Perderam o desejo de dar importância se o PIB foi maior ou menor, se alguém está precisando ou não dos seus serviços, so querem usufruir do status em falar que trabalha para o governo. Outra vez: salvo alguns excepcionais funcionários públicos que honram o seu trabalho.
Enfim, esses são esses os abismos que nós fazem cidadãos de terceira classe e, que nos impede de evoluir para estarmos entre as melhores nações do mundo.

João Calazans Filho

Professor, Escritor, Poeta e Camacaense