O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta Quarta-Feira,27, que haverá novas operações da Polícia Federal (PF) nos estados. “Vai ter mais, enquanto eu for presidente, vai ter mais. No Brasil todo. Isso não é informação privilegiada não, vão falar que é informação privilegiada”, disse.

A afirmação foi feita na saída do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, após um apoiador agradecer a Polícia Federal (PF) pela Operação Placebo, realizada nesta Terça-Feira ,26, contra o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) e outros alvos.

A operação apura supostos desvio na área da saúde em meio à pandemia do novo coronavírus.

Em um outro momento, na saída do Palácio da Alvorada, um apoiador diz também haver supostas irregularidades na saúde em Pernambuco e questiona o presidente sobre se a justiça será feita. “A Polícia Federal está agindo”, respondeu Bolsonaro.

Um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) apura as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF. O presidente nega interferências.

Na Segunda-Feira,25), a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), uma das principais aliadas de Bolsonaro no Congresso, antecipou em entrevista à Radio Gaúcha que a PF estava prestes a deflagrar operações contra desvios na área da saúde nos estados.

Na entrevista, Zambelli falava sobre a demissão do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Ex-aliada de Moro, ela disse que algumas operações da PF que estavam “na agulha” começaram a ser executadas depois da saída do ex-ministro. Nesse ponto da entrevista, ela mencionou uma operação que, segundo a deputada, se chamaria “Covidão”, em referência à pandemia.

“A gente já teve operações da Polícia Federal que estavam na agulha para sair, mas não saíam. E a gente deve ter nos próximos meses o que a gente vai chamar talvez de Covidão, ou de, não sei qual é o nome que eles vão dar, mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal”, afirmou a deputada.