Após a polêmica sobre títulos que ele diz possuir,Ministro da educação entrega carta de demissão.
O Ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, entregou na tarde desta Terça-feira,30, a carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro. O próprio economista confirmou a informação, até o final da tarde, não havia a confirmação de que Bolsonaro aceitou o pedido.
Após a polêmica sobre títulos que ele diz possuir, desmentidos pelas instituições de ensino, a própria equipe do presidente o aconselhou a deixar o cargo. Constava no currículo de Decotelli um doutorado pela Universidade Nacional de Rosario, da Argentina. O reitor da instituição, Franco Bartolacci, negou que ele tenha obtido o título. Há ainda sinais de plágio na sua dissertação de mestrado.
Em declaração na noite de Segunda-feira,29, após encontro com Bolsonaro, ele negou o plágio e disse que continuava ministro. Em seu currículo, Decotelli escreveu ter feito uma pesquisa de pós-doutorado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha, que informou que o novo ministro não possui título da instituição. Em nota divulgada na noite de Segunda-feira,29, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) negou que o economista tenha sido professor ou pesquisador da instituição.
A informação também constava em seu currículo, inclusive no texto divulgado pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) quando assumiu a presidência do fundo em fevereiro do ano passado. Embora tenha publicado uma mensagem em rede social elogiando a capacidade do ministro, desde a noite desta segunda, o presidente já dava como insustentável a situação dele. Bolsonaro fez a publicação depois de ter se reunido com Decotelli e ouvido explicações.
Segundo rumores nos meios de comunicação, para dirigir o Ministério da Educação (MEC), o mais cotado, é Anderson Correia, atual reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). São cogitados também o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, o ex-assessor do Ministério da Educação Sérgio Sant’Ana e o conselheiro do CNE (Conselho Nacional de Educação) Antonio Freitas, que é pró-reitor na FGV e cujo nome aparecia como orientador do doutorado não realizado por Decotelli.