O diretor Alex Campos, da Anvisa, votou para que as vacinas Sputnik V e Covaxin sejam importadas pelo Brasil – a primeira por estados do Nordeste, incluindo a Bahia, e a segunda pelo Ministério da Saúde. Ele votou a favor de que as vacinas sejam aplicadas em no máximo 1% da população nesse momento, restringindo a importação na Bahia a 300 mil doses, “para melhor monitoramento”. Outros diretores ainda votam e é preciso três votos favoráveis para aprovação ser confirmada.

O relator também acompanhou as recomendações da área técnica, para restringir a aplicação das duas vacinas a centros de saúde “com capacidade para atendimento a eventos adversos imediatos”. A orientação também é que sejam imunizados somente pessoas saudáveis.

O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos, Gustavo Mendes Lima Santos, foi o primeiro a apresentar o parecer técnico sobre as vacinas. A avaliação feita pela área tanto em relação à Sputnik V quanto à Covaxin é de que faltam dados que permitam à Anvisa avaliar os critérios de qualidade, eficácia e segurança das vacinas. Por isso, destacou Santos, se aprovada a importação e utilização dos imunizantes no Brasil, sugere-se a adoção de condicionantes.

Com relação à Sputnik V, entre as condicionantes, está a distribuição e utilização da vacina em condições controladas com condução de estudos de efetividade, delineados de acordo com a Anvisa. Santos destacou que essa condicionante foi inclusive citada pelos governadores em ofício enviado à Anvisa. Outra condicionante, sugerida também para a Covaxin, é que os lotes a serem destinados ao Brasil devem ser provenientes de plantas inspecionadas pela Anvisa. Além disso, os lotes importados, se houver autorização da diretoria colegiada, devem ser aprovados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INQCS) por meio de análise laboratorial. (Correio da Bahia)