A Bahia identificou 13 casos da síndrome até o momento. As notificações foram feitas nos municípios de Alagoinhas, Salvador, Maraú, Mata de São João, Camaçari e Simões Filho.

Pelo menos quatro estados brasileiros têm registros de casos da Síndrome de Haff, conhecida como doença da urina preta. A doença –que deixa a urina com coloração escura, provoca dores musculares, falta de e insuficiência renal, entre duas a 24 horas após consumir peixes ou crustáceos– teve diagnósticos no Amazonas, na Bahia, no Ceará e no Pará.

De acordo com o Ministério da Saúde, a Doença de Haff é causada por uma toxina que pode ser encontrada em peixes como o tambaqui, o badejo, a arabaiana ou em crustáceos, como a lagosta, o lagostim e o camarão. Como ela é pouco estudada, acredita-se que esses animais possam ter se alimentado de algas com certos tipos de toxinas que, consumidas pelo ser humano, provocam os sintomas. Contudo, a toxina, sem cheiro e sem sabor, surge quando o peixe não é guardado e acondicionado de maneira adequada.

O quadro descrito nos pacientes graves é compatível com a rabdmiólise, doença que destrói as fibras que compõem os músculos do corpo. Quando associada ao consumo de peixes, a síndrome é conhecida como Doença de Haff.

 A Bahia identificou 13 casos da síndrome até o momento. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), as notificações foram feitas nos municípios de Alagoinhas, Salvador, Maraú, Mata de São João, Camaçari e Simões Filho. No total, cinco permanecem em investigação.

De acordo com a Sesab, os 13 casos confirmados entre janeiro e setembro deste ano são de pacientes de 20 a 79 anos. A faixa etária mais acometida é entre 35 a 49 anos, com sete casos (53,8%), seguida da faixa etária de 20 a 34 anos, com cinco casos (38,5%. Entre os casos confirmados, 66% são homens.

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) informou que essa é a terceira vez que ocorrem surtos de doença da urina preta no Amazonas. O primeiro foi em 2008, com 27 casos nas cidades de Manaus e Careiro. Nenhuma morte foi registrada. O segundo foi em 2015, com 74 casos registrados em Manaus, Itacoatiara, Itapiranga, Nova Olinda do Norte, Autazes e Urucurituba, também sem mortes