As lideranças Pataxó pedem que os policiais militares que teriam agredido a jovem Priscila Muniz, na madrugada do dia 19 de abril, sejam punidos. 

Indígenas Pataxós Hã-Hã-Hães protestaram em frente à Prefeitura de Pau Brasil, nesta terça-feira, 26.  De acordo com o grupo, a manifestação é contra violência, uma semana após denunciarem que um mulher da etnia foi agredida por policiais.

As lideranças Pataxó Hã-Hã-Hãe pedem que os policiais militares que teriam agredido a jovem Priscila Muniz, na madrugada do dia 19 de abril, sejam punidos. De acordo com a denúncia, Pricila teria sido agredida, durante a festa de comemoração ao aniversário de 60 anos da cidade.

A indígena precisou ser hospitalizada, por causa dos ferimentos. Na data, ela contou que foi atacada pelos policiais, depois de pedir licença para passar. Toda a situação foi filmada por pessoas que estavam no evento.

O Polícia Militar informou que o casal foi abordado após arremessar garrafas de vidro no circuito. Disse ainda que os policiais foram surpreendidos com garrafas jogadas na direção da patrulha, o que gerou o início do conflito

.

Dois dias após o caso, as lideranças indígenas se reuniram com integrantes do Ministério Público Federal (MPF), para discutir as medidas que devem ser tomadas após policiais militares. O caso é apurado pela Corregedoria da PM.

As lideranças foram ouvidas por representantes da Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais e pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) na Bahia. Na PRDC tramita um procedimento administrativo que acompanha as políticas de segurança pública e relacionamento das Polícias Militar, Civil e Federal, em relação aos povos e comunidades tradicionais.