Graças à ligação com os petistas durante os governos de Lula e Dilma. O usuário “Isentões”, do Twitter, fez um levantamento de duas baianas que mostram como o dinheiro público era distribuído para os “amigos do rei” através da isenção de impostos.

Paula Lavigne (foto), esposa de Caetano Veloso, tem duas empresas, a Rio Vermelho Filmes e a Uns e Outros Produções e Filmes, que antes se chamava Natasha Enterprises Ltda. A primeira conseguiu autorização para captar R$ 16.342.349,45 para dois projetos.

Este é o valor que ela poderia receber de empresas que, em troca, deixariam de recolher esse montante em impostos para o governo. Os projetos captaram R$ 11.386.477.99. A outra, ainda com o nome Natasha, teve autorização ainda maior.

Filmes e shows

Ela entrou com vários projetos junto ao Ministério da Cultura, somando R$ 20.336.092,oo em valores aprovados, mas a captação não foi tão boa junto às empresas, ficando em R$ 4.049.931,51 segundo o site do MEC.

No site da Ancine, que usa verbas públicas para o cinema, existem outros projetos da Natasha como O Coronel e o Lobisomem, que captou R$ 6.594.119,28, O Bem Amado (R$ 6.871.100,00) e Reis e Ratos, que conseguiu R$ 4.040.000,00

O filme produzido por ela para endeusar o terrorista Carlos Marighella, com Wagner Moura, também foi financiado pelo governo. O site da Ancine mostra que foram aprovados R$ 10.285.835,35 e captados R$ 3.550.000,00.

“Diva” da Rouanet

Outra baiana famosa, Daniela Mercury, que atacou Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral para defender o PT, é sócia de quatro empresas e todas captaram recursos via lei de incentivo à cultura ou diretamente de governos.

Os projetos de uma de suas empresas, a Califórnia Produções, tiveram autorização para captar R$ 17.230.117,87, dos quais conseguiu no mercado R$ 3.631.936,56. A empresa Canto da Cidade tem quatro inscrições no Diário Oficial, dois patrocínios e duas contratações.

Tudo sempre “por inexigibilidade”, apesar dos valores milionários. Os patrocínios somados deram a Daniela Mercury R$ 2.200.000,00. Já o Instituto Sol da Liberdade aprovou 5 projetos com captação aprovada de R$ 6.782.449,65, dos quais recebeu R$ 2.610.000,00.

Finalmente, a empresa Páginas do Mar Produções apresentou dois projetos para captação de recursos com dinheiro público. Foram aprovados R$ 1.546.116,00, porém apenas R$ 400.000,00 foram captados no final.

Outros projetos, de não baianos, também chamam a atenção. O Instituto Criar, de Luciano Huck, conseguiu pela Lei Rouanet autorização para captar R$ 19,5 milhões, conseguidos de empresas como o Itaú, Microsoft, Casas Bahia e Ponto Frio.

O filme que conta a história da banda Planet Hemp, Legalize Já, teve aprovados R$ 6.376.509,40 e captados R$ 3.003.845,45. O principal em todos estes projetos é que o dinheiro captado deixa de entrar nos cofres do governo e de ser usados em saúde, educação, etc.

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Postado por: A Região