Alguns barris da marca Shell começaram a aparecer nas praias de Sergipe, um dos estados mais atingidos pela mancha de petróleo cru que tem poluído o litoral do Nordeste. Uma análise feita na sexta-feira (11/10) pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) concluiu que o óleo que estava dentro dos tambores encontrados é o mesmo da mancha.
Segundo a Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema/SE), os primeiros barris foram encontrados no final de setembro. Com o resultado do estudo, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) cobrou explicações a Shell.
Em nota, a empresa informou que conteúdo original dos tambores não é o mesmo petróleo cru encontrado nas praias. “Trata-se de embalagens de lubrificante para embarcações, de um lote não produzido no Brasil. Vale ressaltar que o próprio adesivo em um dos tambores encontrados em Sergipe traz a data de 17/02/2019 […] e que a mancha de óleo cru que está atingindo o litoral começou a impactar a costa em setembro. Isso aponta para uma possível reutilização da embalagem em questão – reutilização esta que não foi feita pela Shell”.
A companhia informou ainda que não transporta óleo cru acondicionado em tambores em rotas transatlânticas. O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, comentou a recente descoberta. “Óleo venezuelano, em barril de lubrificante reutilizado, com navio “fantasma” em Bangladesh sem GPS … Deve ter caroço nesse angu ai…”.Disse Ricardo.