O atendimento é feito com a realização de ecocardiograma para triagem e detecção de cardiopatias relacionadas a doença

 

Primeiro Eco Fetal Realizado pelo SUS no interior da Bahia na FHMA.

Menos de uma semana depois de comemorar nas redes sociais a realização do primeiro exame de Ecocardiograma Fetal realizado pelo SUS, no interior da Bahia, O núcleo de Cardiologia e Ecocardiografia, dando continuidade aos serviços realizados pela Fundação Hospitalar de Mata Atlântica – que já faz o acompanhamento de pacientes pediátricos e adultos portadores de cardiopatias, de todo território do CIMA (Consórcio Intermunicipal da Mata Atlântica) -, iniciou  o atendimento de triagem e acompanhamento de pacientes portadores de anemia falciforme e através da realização do ecocardiograma com Doppler Colorido.

O novo serviço é  fundamental  para portadores de anemia hemolítica crônica, doença cujo a destruição dos glóbulos vermelhos, e a maior viscosidade do sangue são fatores comuns relacionados às complicações do coração na doença falciforme. Entre as alterações mais frequentes estão a dilatação do coração, a hipertensão pulmonar, as arritmias cardíacas, o ataque cardíaco e a insuficiência cardíaca diastólica, quando o coração não consegue se encher de forma adequada no período de relaxamento entre as contrações e compromete o bombeamento do sangue para o restante do corpo.

É importante ressaltar que doenças cardíacas na doença falciforme, até pouco tempo pouco estudadas, têm tido uma maior prevalência. “Com a maior longevidade das pessoas com a patologia, as alterações cardíacas também são detectadas em maior número”, “Além disso, hoje temos técnicas mais sensíveis para avaliar essas alterações”, disse. “As arritmias cardíacas, com descrição mais recente, prevalecem até acima de 80% nas pessoas com a doença”, pontuou o cardiologista da FHMA, DR Almir Gonçalves. Além disso, podem causar morte súbita, como a hipertensão pulmonar e falência generalizada dos órgãos.

Para os especialistas, o exame do ecocardiograma é fundamental para avaliar a função cardíaca nesses pacientes e segmentar demais ocorrências. “E além de aprofundarmos na teoria, precisamos ouvir a pessoa com doença falciforme e sua história para fazer uma melhor avaliação”, destacou.