O superfungo Candida auris, que foi identificado pela primeira vez no Brasil em Salvador nesta Segunda-feira, 07, pode ter uma taxa de mortalidade acima de 30%. É o que aponta um artigo da BMC Infectious Diseases, que mostra que ele possui uma taxa de mortalidade de 39%.
Ainda de acordo com estimativas publicadas por pesquisadores chineses na BMC Infectious Diseases em novembro, há ao menos 4,7 mil casos de infecção pela Candida auris já registrados em 33 países. A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) informou que está acompanhando o caso.
Na Terça-feira, 08, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou a emitir um alerta, pontuando que o Candida auris é “um fungo emergente que representa grave à saúde global” e que algumas cepas dele são resistentes a todas as principais classes de fármacos antifúngicos.
Em seu alerta, a Anvisa apontou que, além da multirresistência e do risco de “ser fatal, principalmente em pacientes com comorbidades”, a Candida auris apresenta ainda o obstáculo de “permanecer viável por longos períodos no ambiente (semanas ou meses)” e apresentar “resistência a diversos desinfetantes” usados nos hospitais
Candida auris chama atenção por ser especialmente resistente aos tratamentos disponíveis contra a candidíase. A boa notícia é que o superfungo costuma se restringir aos ambientes hospitalares e não é tão contagioso quanto outros patógenos, como o vírus SARS-Cov-2, causador da Covid-19, por exemplo.