“Agora em janeiro e fevereiro nós estamos vivendo o terceiro pior momento. Voltamos a ter 15 mil casos ativos e crescentes. Você olha a curva de dezembro para cá, e esse número cresce de forma acelerada” disse Rui Costa.
Na manhã desta terça-feira,16, o governador da Bahia, Rui Costa, disse que não descarta a possibilidade de adotar toque de recolher em todo o estado, por causa da Covid-19. Os números de casos têm crescido no estado e as taxas de ocupação de leitos estão altas.
“Nós vamos, sim, adotar medidas restritivas para outras atividades e, inclusive, analiso a possibilidade, se mantiver ao longo dessa semana essas mesmas taxas, de implementarmos o toque de recolher em todo o estado da Bahia para evitar o pior”, disse.
De acordo com o governador, a Bahia está no terceiro pior momento desde o início da pandemia. Segundo ele, o pior mês durante todo o período foi julho de 2020, quando o estado atingiu a marca de 2 mil óbitos e cerca de 30 mil casos ativos. O segundo pior teria sido junho de 2020, com 1,7 mil pessoas morreram e os casos ativos chegaram a 27 mil.
“Agora em janeiro e fevereiro nós estamos vivendo o terceiro pior momento. Voltamos a ter 15 mil casos ativos e crescentes. Você olha a curva de dezembro para cá, e esse número cresce de forma acelerada”, explicou.
Por causa desse crescimento, o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi ampliado, e o estado já está quase com o número máximo, restando apenas reabrir o Hospital de Campanha da Arena Fonte Nova, na capital.
Durante a entrevista ao Bahia Meio Dia, Rui Costa falou também sobre o retorno às aulas no estado. Para ele, a educação é prioridade, no entanto não se sente seguro em retomar os encontros presenciais neste momento.
“É necessário o retorno às aulas, isso não se discute. Quem mais deseja o retorno às aulas é o governador, porque tenho consciência de que o que transforma a vida de qualquer pessoa é a educação”, comentou.
“Agora, eu não posso [concordar com o retorno de aulas presenciais], justamente em um momento em que nós estamos crescendo o número de casos, em que a capacidade hospitalar pública e privada caminha para o esgotamento. Peço a compreensão aos empresários da educação, para que tenham sensibilidade. A vida humana está em primeiro lugar”, salientou.