Na segunda-feira,29, o prefeito Bruno Reis anunciou o cancelamento do Festival Virada , festa de Réveillon organizada pela Prefeitura.
Mesmo com o cancelamento do Réveillon e com a realização do Carnaval em xeque, a Prefeitura de Salvador se antecipou e está à procura de uma empresa para montar e desmontar unidades modulares de saúde que serão instaladas em festas populares e na folia momesca.
A informação consta na edição desta segunda-feira,06, do Diário Oficial do Município, que publicou a convocação de empresas interessadas a participar do pregão eletrônico.
As propostas serão abertas no dia 21 deste mês. Neste mesmo dia, haverá a disputa dos empreendimentos que brigarão para fechar o contrato. Detalhes sobre duração do vínculo não foram divulgados na publicação.
A procura do Palácio Thomé de Souza ocorre em meio às incertezas sobre a realização da festa. Na última quinta-feira,02, o prefeito Bruno Reis (DEM) revelou que a conversa que teria com o governador Rui Costa (PT) foi adiada em razão do cenário epidemiológico do Covid-19, que vem estando em sinal de alerta por conta da variante ômicron, que ainda não foi registrada na Bahia.
Na última segunda,29, o gestor já havia anunciado o cancelamento do Festival Virada , festa de Réveillon organizada pela Prefeitura.
Enquanto isto, artistas e entidades carnavalescas vêm pressionando para que haja o Carnaval no próximo ano. Membros do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) e da Associação dos Profissionais de Evento (Ape) realizaram uma manifestação no útimo domingo,21, no Farol da Barra. Nas redes sociais, cantores como Léo Santana e Igor Kannário também defendem a realização do evento.
Apesar dos defensores, há artistas que preferem ponderar a situação. O cantor Gilberto Gil não vai organizar o Expresso 2222 no próximo ano. O camarote é um dos mais tradicionais do Circuito Barra/Ondina. A Banda Eva também anunciou na última sexta-feira,03, que não desfilará no Carnaval soteropolitano.
“A pandemia ainda não acabou. A aglomeração é um multiplicador do vírus e o Carnaval é uma aglomeração extraordinária. Tenho receio de produzir uma festa tão grande com duração de uma semana, como o Camarote Expresso 2222, e cooperar com a permanência, e até uma expansão, da pandemia. Tenho muito respeito pela minha vida e a vida alheia”, disse, em entrevista ao Correio.
Com a resistência de Rui, Bruno chegou a mudar o discurso e admitir que a festa pode ser adiada e organizada para outro mês que não seja fevereiro.