Das amostras colhidas, todas eram de pessoas vacinadas, e 25% delas já imunizadas com a terceira dose.
A variante Ômicron, da Covid-19, já é responsável por mais de 90% dos casos em Salvador e se tornou a cepa predominante na capital baiana neste início de ano. A informação foi confirmada pelo virologista Dr. Gúbio Soares, pesquisador e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o primeiro cientista a detectar o vírus da Zyka no país. Segundo o pesquisador, o fato explica a escalada de contaminação na cidade.
“Nas primeiras semanas de janeiro, a Ômicron já tomou conta da cidade de Salvador. Posso afirmar que ela predomina em 99% dos casos”, diz o pesquisador, que ressalta que os dados recentes ainda não retratam a realidade do cenário epidemiológico.
Com um equipamento de última geração importado da Inglaterra, chamado ‘MinION’, produzido pela universidade de Oxford para sequenciamento genético, o virologista detectou que 99% das amostras de testes positivos para o coronavírus analisadas, eram da Ômicron. As amostras foram colhidas desde o dia 11 de janeiro e a pesquisa foi conduzida junto a professora da Ufba, Silvia Sardi, e a a profª Marta Giovanetti, pesquisadora visitante da Fiocruz, no laboratório de Virologia ICS/UFBA.
Gubio explica que foram selecionadas aleatoriamente 35 amostras entre 180 colhidas por ele, de pessoas contaminadas de diferentes bairros e classes sociais. No total, foram utilizadas 32, e entre elas 31 foram identificadas como da nova cepa. A outra era da variante Delta.
Os primeiros casos da Ômicron na Bahia foram identificados pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) no último dia 10 de janeiro, de amostras colhidas em dezembro. Até então, a nova variante representava 12,5% do total, sendo a Delta ainda a cepa predominante.
Das amostras colhidas, todas eram de pessoas vacinadas, e 25% delas já imunizadas com a terceira dose.
FOTO: AGÊNCIA BRASIL