” Leãozinho, me desculpe, Cacá, mas eu tô aqui pra voltar a conversar. Não deu certo, não deu tempo, não foi desatenção, eu tinha que anunciar porque a gente tava sem caminho, e eu fui anunciar, como fundador do grupo um caminho”- Jaques Wagner.

Após anunciar em uma entrevista que o PT terá candidato próprio ao Governo da Bahia e que o governador Rui Costa continuará no cargo até o final do mandato, o senador Jaques Wagner pediu desculpas publicamente nesta ao vice-governador João Leão, ao deputado federal baiano Cacá Leão e à “família do PP”.
Antes disso, o partido, que é um dos principais aliados dos petistas no Estado, ameaçou romper a parceria e até pular no barco do barco do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), maior adversário do PT na eleição deste ano e favorito nas pesquisas de intenção de voto.

A sinalização pela quebra da aliança foi dada justamente por João Leão, que é presidente do PP na Bahia. Ele se reuniu em Brasília com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente licenciado do PP, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), um dos cabeças do partido e aliado do presidente Jair Bolsonaro. Em caso de apoio a ACM Neto, o nome do próprio Leão é cogitado como possível candidato ao Senado.
A retratação de Wagner foi gravada em vídeo, em entrevista nos corredores do Senado, em Brasília.

“Tentei construir uma solução, que eu tenho certeza que mora no coração deles, apesar do sentimento do momento, que é a gente continuar a nossa relação de 14 anos. Então, Leãozinho, me desculpe, Cacá, mas eu tô aqui pra voltar a conversar. Não deu certo, não deu tempo, não foi desatenção, eu tinha que anunciar porque a gente tava sem caminho, e eu fui anunciar, como fundador do grupo um caminho”, declarou o ex-governador, que recentemente desistiu da candidatura à sucessão de Rui Costa.
“E agora eu continuo disposto a continuar com o PP dentro da aliança. É essa a minha vontade, a vontade de Rui, é a vontade do PT, do grupo inteiro”, complementou o senador petista.