A prisão de do cacique José Acácio Tserere Xavante foi determinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
As ruas do centro de Brasília se transformaram em um cenário de guerra, com carros e ônibus incendiados, explosões, tiros, bombas e um rastro de destruição por onde passaram manifestantes bolsonaristas na noite de segunda-feira, 12. Segundo os bombeiros do Distrito Federal, sete veículos foram incendiados, incluindo quatro ônibus totalmente consumidos pelas chamas e um, parcialmente. Durante os atos de vandalismo, ninguém foi preso pelas forças de segurança.
Os protestos ocorreram no mesmo dia da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Tribunal Superior Eleitoral e começaram após a prisão do cacique bolsonarista José Acácio Tserere Xavante. As manifestações violentas acendem um alerta a 20 dias da cerimônia de posse do petista, marcada para 1º de janeiro.
A confusão começou quando bolsonaristas tentaram invadir a sede da Polícia Federal, na Asa Norte, após a prisão do indígena, determinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Tserere Xavante é suspeito de incitar protestos contra o resultado da eleição em diversos locais da capital federal, como no Congresso Nacional, no Aeroporto de Brasília, nos shoppings e no hotel onde Lula e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), estão hospedados.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) reforçou, inclusive, a segurança do local, que fica a poucos metros da sede da PF.