Nas negociações do café arábica, os preços também caíram. Para setembro houve uma queda de 1,46%, por conta dos dados econômicos ruins da Europa.
Os preços do cacau caíram na bolsa de Nova York nesta quinta-feira, 03, respondendo aos dados fracos da economia na União Europeia, principal região consumidora da amêndoa. Os papéis para setembro fecharam em queda de 1,99%, a US$ 3.491 por tonelada.
Nesta quinta, o Banco da Inglaterra elevou em 0,25 ponto percentual a taxa de juros para a economia do país, para 5,25%, o maior patamar desde fevereiro de 2008. Além disso, o índice que mede a atividade da indústria e do setor de serviços na Zona do Euro, conhecido como índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) caiu de 49,9 em junho para 48,6 em julho.
“Os dados econômicos são decepcionantes, já que ampliam os temores sobre uma recessão na Europa, e também afastam os investidores das commodities consideradas ativos de risco, como é o cacau”, destaca Leonardo Rossetti, analista de inteligência de mercado da StoneX.
Ele lembra, também, que o mercado estava sobrecomprado, ou seja, com muitos investidores apostando na alta dos preços, o que justifica, em parte a queda nos preços do cacau.
Já nas negociações do café, os preços caíram, em parte também pelos dados econômicos ruins da Europa. Os contratos do arábica para setembro fecharam em queda 1,46%, a US$ 1,6695 por libra-peso.
A Europa é um importante mercado consumidor de café, e por isso o cenário macroeconômico na região pesou sobre as cotações. A alta do dólar no mercado externo é outro fator que penaliza os preços do café, assim como o resultado de algumas empresas que têm no grão sua principal fonte de receita.
“O balanço de empresas como a Starbucks e a JDE mostraram redução no volume de vendas de alguns produtos, trazendo alguma preocupação com a demanda pelo café”, diz Leonardo Rossetti, da StoneX.