As plantas coletadas apresentavam sintomas atípicos nas folhas, sugestivos de vírus, mas sem seguir um padrão. Embora os primeiros achados na literatura sejam de 1943, o conhecimento existente sobre o vírus, ainda é insuficiente para conclusões.
Diante da suspeita de sintomas de virose em plantas de cacau no sul da Bahia, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Ceplac /Mapa) realizou testes diagnósticos em plantas coletadas no Centro de Pesquisa do Cacau (Cepec). Os testes foram realizados no exterior, em laboratório que detém a patente do método de identificação, e confirmaram a presença do Vírus do Mosaico Moderado do Cacau (CaMMV – Cacao Mild Mosaic Vírus) na maioria das amostras enviadas.
As plantas coletadas apresentavam sintomas atípicos nas folhas, sugestivos de vírus, mas sem seguir um padrão. Vale ressaltar que este mesmo vírus já havia sido relatado no extremo sul da Bahia antes dos achados da Ceplac.
De acordo com a literatura, a forma de transmissão está associada a insetos como cochonilhas e pulgões, mas também pode ser disseminada pelo uso de material infectado durante a enxertia.
A primeira medida adotada pela Ceplac, após a confirmação da presença do vírus, foi comunicar oficialmente o Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), além da Superintendência de Agricultura e Pecuária (SFA) na Bahia e da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB. No entanto, é importante destacar que o vírus CaMMV não figura na lista de pragas quarentenárias do Brasil.
Embora os primeiros achados na literatura sejam de 1943, o conhecimento existente sobre o vírus CaMMV ainda é insuficiente para conclusões. A Ceplac, junto com parceiros, nacionais e internacionais, está elaborando um projeto de pesquisa com o objetivo de monitorar a ocorrência do vírus no Brasil, implementar métodos de diagnóstico, e conhecer melhor os sintomas e possíveis impactos na produção.
A Ceplac reitera seu compromisso com a transparência, a pesquisa e a inovação, buscando sempre contribuir para a segurança alimentar e a sustentabilidade da cacauicultura nacional.