De acordo com o documento assinado pelo perito forense Eduardo Lianos, o mesmo que atuou em casos de grande repercussão, como a morte da mãe do menino Bernardo Boldrini, “uma pistola calibre 380 não pode ter sido disparada por uma criança de 9 anos.”

O Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Bahia informou, nesta quinta-feira, 21, que a Coordenadoria Regional de Polícia Técnica de Porto Seguro recebeu um ofício do Ministério Público (MP-BA) com perguntas complementares sobre o laudo médico da adolescente Hyara Flor, de 14 anos.

Segundo o DPT, assim que o trabalho for concluído, a resposta será devolvida ao Ministério Público.

O documento com novas questionamentos para a Polícia Civil foi enviado após um parecer emitido por um perito contratado pela família da adolescente contestar a versão apresentada pela corporação, em agosto deste ano.

O inquérito concluiu que o disparo que matou a vítima foi feito de forma acidental pelo cunhado dela, uma criança de nove 9 anos, enquanto os dois brincavam com uma arma de fogo.

De acordo com o documento assinado pelo perito forense Eduardo Lianos, profissional de São Paulo, com 30 anos de experiência na área, e que atuou em casos de grande repercussão como a morte da mãe do menino Bernardo Boldrini e de Felipe Vieira Nunes, de 30 anos, morto pela PM durante a Operação Escudo, em Guarujá, no litoral de São Paulo, em julho deste ano, “uma pistola calibre 380 não pode ter sido disparada por uma criança de 9 anos.’

A advogada Janaína Panhossi, que representa a família de Hyara Flor, revelou que o parecer técnico foi entregue ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) há cerca de 20 dias, e disse que o órgão pediu novas investigações para a Polícia Civil.

A assessoria do MP-BA informou para a imprensa, que recebeu o parecer técnico da defesa, que foi juntado aos autos do inquérito policial, solicitou diligências complementares à perícia técnica e aguarda o retorno.