Com o Pão de Açúcar, ele tornou-se um dos homens mais ricos do país. Atualmente, aos 87 anos, era o 31º brasileiro mais rico no ranking da revista Forbes.
Está sendo velado nesta segunda-feira, 19, no Estádio do Morumi, em São Paulo, o corpo do empresário Abilio Diniz, que faleceu neste domingo, 18, aos 87 anos.
Um dos fundadores do grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz morreu aos 87 anos, vítima de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite. Ele estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo.
A escolha da família pelo Morumbi foi tomada pela paixão do empresário pelo São Paulo Futebol Clube, time do coração dele.
Abilio Diniz nasceu em São Paulo em 28 de dezembro de 1936. Ele foi o primeiro dos seis filhos de Floripes Pires e do imigrante português Valentim Diniz.
Foi o pai, que encantado pelo Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, batizou assim a doceria do casal, inaugurada em 1949. Onze anos depois, a família abriu um supermercado em São Paulo com o mesmo nome.
Recém-formado em administração de empresas, Abilio Diniz começou a sociedade com o pai, fundando a primeira loja que se tornaria um império e a maior rede de varejo do Brasil.
Em 1994, o empresário assumiu o controle da companhia após a quase falência da empresa e disputas familiares. Ele deixou o grupo em 2013 em meio a uma briga judicial com acionistas franceses.
No mesmo ano, assumiu o conselho de administração da BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo e se tornou conselheiro do Carrefour no Brasil.
O sucesso nos negócios fez Abilio Diniz entrar na mira de sequestradores. No dia 11 de dezembro de 1989, o empresário foi mantido como refém durante sete dias em um cativeiro.
Os criminosos pediam à família US$ 30 milhões como resgate. O sequestro terminou com 10 pessoas presas.
Além da carreira na iniciativa privada, Abilio Diniz também teve atuação no cenário político do Brasil.
Entre 1979 a 1989, a convite do amigo Mario Henrique Simonsen, ele foi membro do Conselho Monetário Nacional. Mais tarde, ele foi conselheiro econômico dos governos Lula, entre 2003 e 2010, e Dilma Rousseff, entre 2011 e 2016.
Em 2022, o empresário sofreu a maior perda: João Paulo, filho dele, morreu aos 58 anos, deixando a mulher e quatro filhos.
Abilio Diniz deixa seis filhos, esposa, netos e bisnetos.
A morte dele foi lamentada por políticos e nomes importantes do cenário nacional.