Medalhistas olímpicos como Isaquias Queiroz (prata e bronze no Rio 2016, além de Ouro em Tóquio 2020) e Erlon de Souza (prata no Rio 2016), são iniciaram a careira no local.
O Centro de Canoagem de Ubaitaba, protagonista na formação de atletas medalhistas olímpicos como Isaquias Queiroz (prata e bronze no Rio 2016, além de Ouro em Tóquio 2020) e Erlon de Souza (prata no Rio 2016), foi vítima de duas tragédias climáticas em menos de cinco anos.
O local foi inaugurado em 2020 pelo governo da Bahia. A estrutura possui garagem dos barcos, sala de musculação, refeitório, copa, despensa, área de serviço, sala da administração, sala de professores, sala de aula e deck flutuante.
O modelo segue o mesmo padrão adotado no primeiro centro de canoagem em Itacaré, também construído pelo Governo da Bahia e inaugurado em julho de 2018. Quatro anos depois, uma estrutura semelhante foi entregue em Ubatã.
Em dezembro de 2021, o local, que também ajudou a formar atletas consagrados como Jacky Godmann, Valdenice Conceição e Mateus Nunes, foi tomado pela água após o Rio de Contas, que passa pela cidade de Ubaitaba, transbordar.
“Ficamos desalojados, porque a destruição foi grande. Eu nunca tinha vivenciado um fato climático daquele na nossa cidade e nosso centro tinha acabado de ser entregue”, relembrou Luciana Costa, presidente da Associação Cacaueira de Canoagem (ACC) e vice-presidente da Confederação Brasileira de Canoagem.
Por causa da tragédia climática, paredes do centro, equipamentos da academia e o píer ficaram destruídos. Os atletas fizeram apenas treinamentos externos, no Rio de Contas, por cerca de um ano.
“Estávamos sem energia elétrica, água, então não tinha condições de fazer treinamentos internos. A perda só não foi maior, porque conseguimos tirar a tempo as embarcações e alguns equipamentos”, contou Luciana Costa.
Um ano depois, na noite de Natal, o centro de canoagem voltou a ser inundado pelas águas do Rio de Contas, depois que a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) aumentou a vazão da Barragem de Pedra.
A única exigência feita para participar das atividades é que o aluno esteja matriculado em uma escola. Os estudantes da rede pública têm prioridade.
No local, os aspirantes a canoístas recebem uniformes, embarcações, remos, coletes salva-vidas, lanches, além de aulas com professores e auxiliares técnicos especializados no esporte.
“Vocês podem chegar aonde vocês quiserem. Continuem acreditando no potencial, sonhando e indo em busca, que vocês vão chegar aonde quiserem”.