Com o país sendo responsável por cerca de 40% da produção mundial do fruto, qualquer variação significativa no fornecimento do país pode ter implicações diretas nos preços globais e no fornecimento para os principais mercados consumidores.

As chegadas de cacau aos portos da Costa do Marfim, o maior produtor mundial do grão, somaram 1,716 milhão de toneladas métricas até 8 de setembro, desde o início da temporada em 1º de outubro do ano passado. Esse volume representa uma queda significativa de 25,8% em comparação com o mesmo período da temporada anterior, de acordo com estimativas divulgadas por exportadores nesta segunda-feira.

Os dados mais recentes revisaram o volume total de chegadas do ano passado para 2,314 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo da estimativa inicial de 2,321 milhões de toneladas. A redução acentuada nas entregas de cacau nesta temporada levanta preocupações sobre o impacto no mercado global e nas exportações da Costa do Marfim, que desempenha um papel central no abastecimento de cacau para as indústrias de  chocolate em todo o mundo.

Entre os dias 2 e 8 de setembro, aproximadamente 12.000 toneladas de grãos de cacau foram entregues nos portos principais do país, com 5.000 toneladas chegando a Abidjan e 7.000 toneladas a San Pedro. Esse total representa um aumento em relação às 5.000 toneladas entregues no mesmo período da temporada passada, indicando uma leve recuperação nas entregas semanais, apesar da queda geral nos números acumulados.

A queda nas chegadas de cacau pode ser atribuída a diversos fatores, como condições climáticas adversas, desafios logísticos e questões internas de produção, que afetam tanto o cultivo quanto o transporte do cacau. Com a Costa do Marfim sendo responsável por cerca de 40% da produção mundial de cacau, qualquer variação significativa no fornecimento do país pode ter implicações diretas nos preços globais e no fornecimento para os principais mercados consumidores.

Além disso, o declínio de quase 600.000 toneladas nas chegadas, em comparação com o mesmo período do ano anterior, está sendo monitorado de perto por analistas da indústria, que esperam possíveis ajustes nos preços e no volume de exportações. A demanda global por cacau continua alta, especialmente com a aproximação das temporadas de festas em várias regiões, o que pode intensificar ainda mais a pressão sobre os produtores marfinenses.