“A parte mais interessada é a população e não seria justo deixá-la de fora das decisões” -Lucas Muniz, Presidente da Câmara de Vereadores de Camacã
Há anos, os moradores de Camacã tem demostrado insatisfação com o fornecimento de água por parte da EMBASA ( (Empresa Baiana de Águas e Saneamento). Durante o mês de novembro as reclamações se tornaram mais frenquentes, com vídeos de usuários fazendo reclamações na empresa, circulando nas redes sociais.
A taxa de 80% de esgotamento sanitário sobre o consumo da água, é a principal reclamação dos munícipes. Quem consome R$ 60,00 de água, paga, por exemplo, mais R$ 48,00 de taxa de esgoto. O constante esburacamento de asfalto e calçamentos, as falhas no fornecimento e a exploração da barragem construída pelo município, são outros pontos polêmicos.
Por conta da visível insatisfação pública, a Câmara de Vereadores do município está realizando nesta sexta-feira ,17, uma Audiência Pública para discutir o assunto.
Autoridades públicas, a população e os representantes da EMBASA fora convidados e compareceram.
O Presidente da Câmara de vereadores de Camacã, Lucas Muniz disse ao Folha do Cacau que, a audiência desta sexta-feira,17, visa discutir o contrato da concessão de serviço de fornecimento de água e tratamento do esgotamento sanitário do município e que a parte mais interessada é a população e “não seria justo deixá-la de fora das decisões”.
Durante os inúmeros questionamentos feitos por parte dos presentes no auditório, o Gerente Regional, Filipe Madureira, mostrou slides com comparativos das taxas cobradas e do sistema de tratamento utilizado em Camacã e outros municípios e afirmou que as cidades atendidas pela empresa tem taxas menores e tratamento bem mais eficaz que as demais. Filipe afirmou ainda que “a empresa já está com uma quantia em caixa para fazer os reparos necessário e sanar as demandas cobradas pelos usuários”.
A concessão vence em março de 2022 e até lá será decidido se o o fornecimento de água e o tratamento do esgoto do município fica sobre responsabilidade da EMBASA, ou se será aberto uma licitação para que outras empresas possam concorrer ao serviço ou se será municipalizada, a exemplo de outras cidades da região, como Ibicaraí e Jussari.
No auditório estavam cidadãos formadores de opinião como o escritor João Calazans, Dr. Frederico Borges e o ex-vereador Nailton Costa e representantes da sociedade civil organizada.