O principal tema do primeiro bloco foi a corrupção, citada majoritariamente para ataques a Lula. O petista se defendeu dizendo que os esquemas de corrupção foram descobertos e os responsáveis punidos por meio de mecanismos criados na gestão petista, admitindo casos ocorridos durante o período do PT na Presidência.
O último debate da campanha à Presidência da República, que reuniu sete candidatos antes do primeiro turno das eleições, foi marcado por troca de acusações e ofensas pessoais que geraram duelos de direito de respostas, principalmente entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), logo no primeiro bloco. Ao todo, foram 18 pedidos, sendo 10 concedidos e oito negados. Um dos temas mais abordados foi corrupção, que teve como alvos principais o atual chefe do Executivo e o petista.
O apresentador William Bonner, responsável pela mediação, precisou intervir diversas vezes para pedir que os participantes respeitassem as regras do evento, transmitido pela Rede Globo, que começou às 22h30 e terminou por volta de 0h50 de hoje. O candidato do PTB, Padre Kelmon, desrespeitou seguidas vezes as regras do debate e levou Lula ao descontrole, ao ponto de ambos ficarem cara a cara batendo boca com o microfone desligado, quando o petista foi tachado de “descondenado” e rebateu chamando o adversário de “candidato laranja”.
O principal tema do primeiro bloco foi a corrupção, citada majoritariamente para ataques a Lula. O petista foi quem mais pediu direitos de resposta para se defender. Teve quatro solicitações concedidas e uma negada. Bolsonaro pediu quatro vezes e foi atendido em duas. Ciro Gomes (PDT) foi o primeiro a perguntar. Ele questionou Lula sobre suas pretensões de retornar ao Planalto, citando números negativos da economia durante a gestão petista. Lula voltou a ser alvo de críticas de Bolsonaro, Luiz Felipe d’Avila (Novo) e de Padre Kelmon, que foi acusado também por Soraya Thronicke (União Brasil) de ser “laranja”.
Lula se defendeu ainda, após ser acusado por Bolsonaro pela morte de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André. “Não é possível conviver com alguém com tamanha cara de pau. Não tive nada a ver com isso. Pare de mentir porque o povo não aguenta mais”, criticou Lula.
Lula se defendeu das denúncias de corrupção citando medidas tomadas em seu governo, como a criação do “Portal da Transparência” e a fiscalização da Controladoria-Geral da União (CGU) nos dos ministérios. O petista ainda chegou a dizer que os esquemas de corrupção foram descobertos e os responsáveis punidos por meio de mecanismos criados na gestão petista, admitindo casos ocorridos durante o período do PT na Presidência.
Por outro lado, Ciro Gomes e Lula fizeram o embate sem que a corrupção fosse tema.