Localizada em Ibicaraí, a fábrica já é considerada modelo de organização comunitária de inclusão socioprodutiva e de acesso a mercados.
A Bahia Cacau, primeira indústria de chocolates finos da agricultura familiar do país, tornou-se referência internacional. Após receber missões dos maiores produtores de cacau do mundo e de emergentes, a fábrica em Ibicaraí já é considerada modelo de organização comunitária de inclusão socioprodutiva e de acesso a mercados.
Na última sexta-feira, 22, o governo da Colômbia conheceu o trabalho desenvolvido pelo empreendimento no sul da Bahia. Luis Higueira, presidente da Agência de Desenvolvimento Rural da Colômbia, destacou a experiência da Bahia Cacau e de outras cooperativas do interior baiano e falou de como ela pode impactar produtores do país vizinho:
– A partir da experiência muito boa de vocês [da Bahia Cacau] podemos ultrapassar algumas etapas em nosso planejamento de governo. Estamos profundamente agradecidos em interlocutar com as organizações sociais e cooperativas e ver como é possível, através de apoio estatal, de apoio privado e de iniciava política, contribuir para uma vida digna das campesinas e campesinos.
Fernando Cabral, coordenador do Bahia Produtiva da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), principal investidora da Bahia Cacau, diz que a Colômbia quer replicar a experiência do Bahia Produtiva, do governo baiano, na Colômbia. O projeto da CAR é hoje, assim como a Bahia Cacau, referência no mundo. O Bahia Produtiva é modelo em ação integrada do Estado com as organizações socioprodutivas.
A troca de experiência fortalece o cooperativismo e os negócios comunitários. “O agricultor não está só, ele tá agregado a um grupo que tem interesse comum”, acredita na importância da parceria e da partilha através de intercâmbio, OsanáCrisóstomo do Nascimento, diretor-presidente da Bahia Cacau.
A comitiva cumpriu agenda também em mais três cooperativas na Bahia, a Coopatan, de Presidente Tancredo Neves; a Coobpagi, de Ituberá; e a Adebasul, de Gandu. A agenda foi coordenada por Wilson Dias, assessor especial do Banco Mundial.
Fonta: PimantaBlog