Força-tarefa afirma que o policial reformado Ronnie Lessa atirou contra a vereadora e que o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz dirigia o carro que perseguiu Marielle.
QUEM SÃO OS 2 PRESOS
Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos contra Marielle, e Élcio Queiroz, suspeito de dirigir o carro
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O que diz a denúncia
- Ronnie Lessa é o autor dos 13 disparos que mataram Marielle e Anderson; ele estava no banco de trás do Cobalt que perseguiu o carro da vereadora.
- Élcio Vieira de Queiroz dirigiu o Cobalt.
“É inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia”, diz a denúncia, acrescentando que a barbárie praticada na noite de 14 de março do ano passado foi um golpe ao Estado Democrático de Direito.
A investigação ainda tenta esclarecer quem foram os mandantes do crime e a motivação.
Prisões
Ronnie e Élcio estavam saindo de casa quando foram presos. Eles não resistiram à prisão e nada disseram aos policiais.
Ronnie estava em sua casa em um condomínio na Avenida Lúcio Costa. Écio estava em casa, na Rua Eulina Ribeiro, no Engenho de Dentro.
A Operação Lume realiza ainda 32 mandados de busca e apreensão contra os denunciados para apreender documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios, munição e outros objetos. Durante todo o dia, haverá buscas em dezenas de endereços de outros suspeitos.
Após a prisão de Ronnie, agentes fizeram varredura no terreno da casa dele e encontraram armas e facas. Detectores de metais vasculhavam o solo, e até uma caixa d’água foi vistoriada.
Agente vasculha caixa d’água na casa de Ronnie Lessa, na Barra
Casa de um dos dois presos pela morte de Marielle, o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz
Três meses de pesquisas
Ronnie foi levado para a Divisão de Homicídios do Rio por volta das 4h30. De acordo com os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o crime foi meticulosamente planejado durante três meses. O atentado completa um ano nesta quinta-feira (14).
A investigação aponta que Ronnie fez pesquisas na internet sobre locais que a vereadora frequentava. Os investigadores sabem também que, desde outubro de 2017, o policial também pesquisava a vida de Freixo.
Ronnie teria feito pesquisas sobre o então interventor na segurança pública do Rio, general Braga Netto, além de buscas sobre a submetralhadora MP5, que pode ter sido usada no crime.
A polícia afirma ainda que Ronnie usou uma espécie de “segunda pele” no dia do atentado. A malha que cobria os braços serviria, segundo as investigações, para dificultar um possível reconhecimento.