A Embratur, autarquia do Ministério do Turismo, pediu à Fundação Nacional do Índio (Funai) que encerre o processo de demarcação de terras revindicadas pelo povo Tupinambá, no sul da Bahia. A manifestação foi feita por meio do ofício 185/2019, enviado à Funai no dia 26 de julho deste ano.O documento foi obtido pelo The Intercept Brasil.
No ofício assinado pelo presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, é mencionado que um grupo de empresários português pretende construir dois empreendimentos, tipo resort, em uma parte da área revindicada pelos Tupinambás. Machado destaca que os empreendimentos vão contar com 1.048 leitos que serão voltados para os turistas estrangeiros.
No terceiro parágrafo do ofício, o presidente da Embratur afirma que a autarquia manifesta interesse no encerramento do processo de demarcação de terras indígenas de Olivença que, segundo ele, estão localizadas especialmente entre os municípios de Una e Ilhéus.
O presidente Embratur, Gilson Machado Neto, destaca que a área citada é de excepcional potencial de desenvolvimento turístico. “Tendo inclusive, o Governo da Bahia e a Prefeitura Municipal de Una, firmado com o Grupo Vila Galé, protocolo de intenções com investimento superior a R$ 200 milhões, gerando mais de 500 empregos direitos e 1500 indiretos, além de intenção do mesmo Grupo Vila Galé e outros grupos hoteleiros investidores construir (sic) na área”.
De acordo com o presidente da Embratur, para que a região se transforme num polo turístico de excelência se faz necessário segurança jurídica. “E investimentos em infraestrutura que vem sendo implementados pelo Governo Federal, pelo Governo do Estado e pelas Prefeituras municipais”.