Mais de 220 pessoas morreram com diagnóstico de Covid-19, sem procurar atendimento médico em unidades de saúde da Bahia. O dado foi informado pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

Segundo informações da Sesab, o número saltou de uma morte em março e subiu até chegar ao pico em junho, quando 99 pessoas morreram em casa com diagnóstico da Covid-19 ou com suspeita da doença.

Depois, começou a cair até chegar a uma morte em agosto. Desde julho, a Sesab tem recomendado a internação precoce de pacientes.

“As pessoas que têm propensão para evoluir mal, que são essas que possuem fatores de risco, idade, comorbidades, problemas pulmonares e renais, essas pessoas precisam procurar precocemente o sistema de saúde para que, se for necessário, serem internadas e acompanhadas durante o começo da sua evolução”, disse o secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas.

Em Salvador, o número de mortes por Covid-19 ocorridas em casa foi de 166 e começou a subir em abril, e também atingiu o pico no mês de junho, quando foram registrados 83 óbitos, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em seguida, houve uma queda.

Outro motivo para buscar tratamento o mais cedo possível é a média móvel de mortes no estado, que ainda não apresentou tendência de queda e se mantém no limite da estabilidade.

No dia 5 de agosto, a média era de 59 mortes por dia. Duas semanas depois, subiu para 67, uma alta de 14%. São consideradas estáveis médias de até 15%.

“Nós temos hoje vagas suficientes, tanto na capital quando no interior, para poder manter essas pessoas em observação, acompanhadas de profissional de saúde”, contou Fábio Vilas-Boas.

Até a noite desta Quarta-feira (19), a Sesab registrou mais de 224 mil casos de pacientes com Covid-19 e alcançou a marca de 4.611 mortes no estado.