“A caridade pastoral deve permear todas as nossas decisões e atitudes. Não podemos ser juízes que apenas negam, rejeitam e excluem”-  papa Francisco.

Em carta escrita a cinco cardeais conservadores, o papa Francisco considerou a possibilidade de casais de pessoas do mesmo sexo ganharem a bênção de padres católicos. Considerada pela primeira vez na Igreja Católica, a ideia avaliaria “caso a caso”. Além disso, ele ainda apontou a sugestão de mulheres serem ordenadas ao sacerdócio. Francisco deu a opinião em resposta a cinco cardeais da Ásia, Europa, África, Estados Unidos e América Latina.

A chamada “dubia” foi respondida nesta segunda-feira, 02 e contém uma série de perguntas sobre temas variados. Em um dos questionamentos, os cardeais pedem um posicionamento do papa sobre o casamento homoafetivo, que se tornou comum em países como a Alemanha, com padres abençoando casais gays comprometidos em um relacionamento.

Ele afirmou, no entanto, que “a caridade pastoral deve permear todas as nossas decisões e atitudes”, acrescentando que “não podemos ser juízes que apenas negam, rejeitam e excluem”.

Na quarta-feira, 04, será aberta a 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano. O evento é ponto alto de uma extensa consulta mundial sobre o futuro da Igreja Católica que terminará em 29 de outubro. As questões levantadas pelo pontífice devem ser levadas ao debate, principalmente sobre o acesso das mulheres às funções de diácono, até agora reservadas aos homens, ou à ordenação de homens casados, tema sobre o qual o papa recuou em 2019.