O aumento prever melhorar significativamente a renda dos produtores, permitindo-lhes um maior incentivo para sustentar a produção, apesar das dificuldades enfrentadas pela indústria devido às mudanças climáticas e desafios logísticos.

A Costa do Marfim, maior produtora de cacau do mundo, está considerando aumentar os preços pagos aos produtores para a próxima safra. O país pretende definir um valor superior ao de seu concorrente, Gana, em meio à tentativa de ambos os países de buscar preços mais justos no mercado global, que continua a pagar significativamente mais do que os valores locais.

O órgão regulador do setor, Le Conseil Cafe-Cacao, está trabalhando para estabelecer um preço entre 1.850 e 2.000 francos CFA por quilo de cacau seco para a safra principal, que terá início em outubro de 2024. Fontes internas, familiarizadas com o assunto, informaram que o aumento esperado é de pelo menos 23% em comparação com a colheita intermediária anterior. O preço atual está estimado entre US$ 3.140 e US$ 3.400 por tonelada, e o novo valor deve ser anunciado oficialmente em breve.

O mercado global de cacau enfrenta uma série de desafios, especialmente na África Ocidental, que inclui grandes produtores como a Costa do Marfim e Gana. Este ano, a região experimentou déficits de colheita, elevando os futuros do cacau a um recorde histórico de US$ 11.000 por tonelada no início de 2024. Embora os preços dos futuros tenham diminuído desde então, o contrato de dezembro continua sendo negociado a cerca de US$ 7.500 por tonelada em Nova York.

Esse possível aumento de preços reflete a necessidade urgente de ajustar o valor do cacau para apoiar melhor os produtores locais. Atualmente, os agricultores da Costa do Marfim e Gana recebem valores muito abaixo do praticado no mercado global. O aumento previsto pode melhorar significativamente a renda dos produtores, permitindo-lhes um maior incentivo para sustentar a produção, apesar das dificuldades enfrentadas pela indústria devido às mudanças climáticas e desafios logísticos.