Levi Vasconcelos/A Tarde

 

As indefinições na disputa presidencial, a 75 dias das eleições, começaram a delinear a cara com a qual os políticos tradicionais, justa ou injustamente atingidos em cheio pela lama da Lava Jato, vão encarar as urnas.

Jair Bolsonaro (PSL), sem Lula, o líder nas pesquisas, ficou quase só, e Geraldo Alckmin (PSDB) está travado nas pesquisas. E ontem o deputado Waldir Damous (PT-RJ) visitou Lula e saiu de lá com um recado: ‘Ele mandou dizer que não tem hipótese que não seja candidato’.

Milagre — Os aliados de Zé Ronaldo vislumbram um cenário em que Alckmin, com a força do apoio do Centrão (DEM, PP, PR e PRB e SD), vai emergir do nada para tornar-se um candidato tão competitivo que seria capaz de abalar o favoritismo de Rui.

Será? Ou melhor, terá a campanha o condão de passar uma esponja em toda a meladeira dos tucanos na Lava Jato (com Aécio Neves à frente) e transformar-se numa esperança?

Já os aliados de Rui Costa acreditam que quando a Justiça disser que Lula está fora, o ungido do ex-presidente também no decorrer da campanha ganhará as preferências que o colocarão no segundo turno. Será?

Ou melhor, Lula, apesar de preso, ainda terá o poder de abençoar um poste como fez com Dilma e emplacar?

Marqueteiros sempre disseram que não são milagreiros, mas em 2018 vão ter que ser. Esse é o projeto.