O medicamento usa a combinação de dois anticorpos monoclonais, o banlanivimabe e etesevimabe, e não é vendido em farmácias e seu uso é restrito a hospitais. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quinta-feira,13, o uso emergencial de mais um medicamento contra a Covid-19.

Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o medicamento usa a combinação de dois anticorpos monoclonais, o banlanivimabe e etesevimabe. Os anticorpos são versões das defesas naturais do corpo fabricadas em laboratório com o objetivo de combater infecções.

Este é o terceiro medicamento aprovado pela agência. Em março, a Anvisa anunciou o registro do ativiral remdesivi. Já em abril, o Regn-CoV2, coquetel que contém a combinação de casirivimabe e imdevimabe, foi aprovado para uso emergencial no país.

A aplicação é intravenosa e o tratamento deve ser iniciado após o teste viral positivo para a Covid-19 e dentro de 10 dias do início dos sintomas. O uso é restrito a hospitais e a venda é proibida ao comércio. Já a incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS) depende da avaliação do Ministério da Saúde.

Segundo a Anvisa, o tratamento é indicado para adultos e pacientes pediátricos (com 12 anos ou mais que pesem no mínimo 40 kg) que não necessitam de suplementação de oxigênio, com infecção por SARS-CoV-2 confirmada por laboratório e que apresentam alto risco de progressão para Covid-19 grave.

O medicamento não é recomendado para pacientes graves. “Anticorpos monoclonais como banlanivimabe + eteasevimbe podem estar associados a piora nos desfechos clínicos quando administrados em pacientes hospitalizados com Covid-19 que necessitam de suplementação de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica”, alerta a Anvisa.

Sobre o preço do medicamento, a Anvisa explicou que ele será “objeto de discussão na reunião do Comitê Técnico-Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos no dia 27/05”.