“A situação lá está crítica. Muitos trechos das estradas que dão acesso às fazendas estão interditadas. Sem energia, os moradores ficam sem comunicação e com a enorme quantidade de muriçocas, as pessoas não dormem”  –  Dr. Jackson de Deus Guimarães, proprietário de fazenda na região atingida.

Os últimos dias tem sido de muitas dificuldades para a população do município de Canavieiras, sobretudo para os moradores que vivem às margens do Rio Pardo,  por conta das forte chuvas que atingem boa parte da Bahia, a enchente, já é consideradas a maior dos últimos 35 anos. De acordo com testemunhas, o volume de água subiu rapidamente em menos de 48 horas, alagando uma grande parte da zona rural do município.

As vítimas relatam que as cheias  são comuns, porém, há cerca de 35 anos não acontecia uma enchente com esta proporção.

Para os moradores, a única alternativa de locomoção está sendo o barco e, a falta de energia na maior parte da região, está tornando a situação ainda mais difícil.

 

“As cheias já são tradicionalmente esperadas todos os anos nesta região, mas são menores. A situação lá está crítica, pois muitos trechos das estradas que dão acesso às fazendas estão interditadas. Além das dificuldades de locomoção dos moradores, os animais estão presos, as pessoas estão sem energia, e, consequentemente, sem comunicação. Com a enchente, surge uma enorme quantidade de muriçocas e as pessoas não dormem” , afirmou ao Folha do Cacau o médico Dr. Jackson Guimarães, proprietário de fazenda na região atingida pela enchente.

Dr. Jackson utilizando um barco para saír da fazenda durante a enchente.

 

Em 1986 Canavieiras enfrentou uma enchente que até então era considerada a maior já registrada na cidade, que é cercada por rios, numa região considerada mais propícia à alagamentos, ao norte do município, que é banhada pelo Rio Cipó.

De acordo com o geógrafo e morador de Canavieiras, Helder Pedreira, as enchentes nunca são causadas por chuvas que caem diretamente na cidade e mesmo sendo uma cidade plana, a sua constituição geológica, que é basicamente arenosa, contribui para a rápida vazão das águas.

Entramos em contato com a Prefeitura de Canavieiras, mas até o momento, não obtivemos resposta. Se houver retorno, a matéria será atualizada.