O homem que teria roubado um celular, negou o crime e os denunciados o agrediram fisicamente antes de leva-lo  à delegacia. O carcereiro informou que o homem já chegou inconsciente e morreu horas depois.

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) informou nesta quinta-feira , 20, que pediu que a prisão dos policiais militares suspeitos de torturar e matar Epaminondas Batista Mota, em uma delegacia de Itapebi, no sul da Bahia, voltassem a ser presos.

O pedido foi acatado pela segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, mas os mandados não haviam sido cumpridos até a noite desta quinta, conforme o órgão estadual.

Epaminondas, que era deficiente físico e aposentado por invalidez, foi preso por furtar um celular em um velório. Ele foi morto no dia 16 de janeiro deste ano.

Os policiais suspeitos do crime foram presos em março deste ano, por decisão da Justiça Militar. No entanto, em junho, foram soltos após habeas corpus. Na decisão atual, a Justiça revogou a liminar favorável a soltura dos PMs .

Ainda de acordo com o órgão público, a Justiça considerou a necessidade da prisão preventiva para proteger a ordem pública.

Segundo consta na denúncia, Epaminondas Batista, de 52 anos, estava no “Bar do Zai”, na Travessa Belmonte, na região central de Itapebi, quando os policiais chegaram e fecharam a porta do estabelecimento.

Em seguida, teriam perguntado para Epaminondas sobre o celular que ele supostamente havia furtado.

O homem teria negado o crime e os denunciados o agrediram fisicamente, sem que ele esboçasse qualquer reação, até a morte. Em seguida, ele foi levado à delegacia, mas o carcereiro da unidade informou que o homem já chegou inconsciente. Epaminondas morreu horas depois.