As suspeitas começaram, quando foi encontrado um ferimento na região da cabeça da vítima, produzido em vida, e nenhuma mancha de sangue foi encontrada na casa. Além disso, corpo da vítima, aparentemente, foi lavado e não apresentava mancha de sangue.

A Polícia Civil divulgou a elucidação de um caso investigado a princípio como suicídio, ocorrido em Itagibá, mas que, após investigações do Setor de Inteligência, foi descoberto que a vítima teria sido morta com um ferimento na cabeça e a companheira dele teria simulado o suicídio por enforcamento.

A prisão preventiva da suspeita ocorreu na manhã dessa quinta-feira, 11. Os nomes da vítima e da suspeita não foram divulgados. A seguir veja o informativo divulgado à imprensa regional pela Polícia Civil, através do delegado Rodrigo Fernando – coordenador da 9ª COORPIN.

“No dia 21/02/2023 (terça-feira de carnaval), por volta das 23h, foi comunicado à Central policial sobre um suposto suicídio, envolvendo um homem do sexo masculino, na Cidade de Itagibá. O DPT foi acionado e, após deslocamento, o corpo foi recolhido e encaminhado para perícia. A partir daí, alguns fatos foram surgindo que precisaram da intervenção policial, no sentido de esclarecer melhor os fatos, tais como:

  1.  Foi encontrado um ferimento contuso na região occipital (cabeça) da vítima, produzido em vida.
  2. Não foi encontrado nenhuma mancha de sangue no local.
  3.  O corpo da vítima, aparentemente, foi lavado e não apresentava mancha de sangue.
  4. No exame de necropsia não foi apresentado nenhum sinal de asfixia, ou seja, não foi observado congestão e petéquias em ambas as conjuntivas, protrusão da língua, além de não ter sido detectado infiltração de sangue, o que descaracterizou a versão de um possível enforcamento.
  5.  Diante de vários depoimentos contraditórios, entre o da acusada e das demais pessoas ouvidas.

Após diligências realizadas, a Polícia Civil solicitou exame de quimioluminescência na residência onde ocorreu o fato, tendo sido o resultado positivo para sangue humano no local, indicando a existência de alguma ação violenta no caso em concreto.

Diante de todo o exposto acima, a autoridade policial requisitou a prisão preventiva da companheira da vítima, a qual foi deferida pelo Poder Judiciário.

Assim, na manhã desta quinta-feira, 11, foi realizada diligência pela equipe do S.I. Da coordenadoria de Jequié e dado cumprimento, com êxito, ao mandado de prisão preventiva, no intuito de elucidar o crime cometido e assim fazer justiça.

O procedimento criminal vai ser finalizado e encaminhado à justiça com a conclusão de mais um trabalho realizado pela Coordenadoria Regional de Jequié.”