A queixa da categoria é de que o reajuste está muito abaixo dos índices de perdas salariais, e que profissionais em início de carreira ganham um salário abaixo da Lei Nacional do Piso do Magistério do Ensino Básico.

 Professores das quatro universidades estaduais da Bahia iniciaram, nesta terça-feira, 16, uma paralisação de 24h para debater questões relacionadas a reajustes salariais e desafios do ensino superior público.

A paralisação atinge a universidades do Estado da Bahia (Uneb) e as estaduais de Feira de Santana (Uefs), do Sudoeste da Bahia (Uesb) e de Santa Cruz (Uesc). A categoria afirma que está há oito anos com perdas salariais, e disse que há desvalorização no quadro da categoria.

A campanha “Reajuste Já” começou há dois anos. Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a corrosão do salário dos docentes é de mais da metade do salário, um percentual de 53,3%.

O professor Elson Moura, coordenador do Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia, falou sobre as expectativas da categoria em relação ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), que, a exemplo de Elson, integra o quadro docente da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

Na manhã desta terça-feira,16, está acontecendo uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (Alba), em Salvador, que começou às 9h. O tema central em debate é a diminuição do poder de compra dos professores nos sete anos em que o Governo do Estado não repôs as perdas inflacionárias de todo o funcionalismo (2015-2021).

O período descrito acima foi o da gestão do hoje ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, no Governo da Bahia.

O Governo do Estado apresentou uma proposta de reajuste linear de apenas 4% para todo o serviço público. Nesta proposição, os professores do ensino superior teriam um acréscimo de 2,53%, chegando a um reajuste que vai de 6,53% a 9,32% – por causa da correção do erro no último reajuste escalonado de 2022.

A queixa da categoria é de que esse reajuste está muito abaixo dos índices de perdas salariais, e que não foi fruto de negociação com a categoria. Os professores também dizem ainda que, mesmo com esse reajuste, profissionais em início de carreira ganham um salário abaixo da Lei Nacional do Piso do Magistério do Ensino Básico.