“Se antes as queixas no grupo de moradores associados eram publicadas diariamente, hoje o intervalo ultrapassa uma semana”- Pedro Araújo, presidente da Associação de Moradores do Canela.

Em meio a ocorrências constantes de roubo, furto e invasão a domicílio no Canela, em Salvador, a associação de moradores decidiu implantar um programa de segurança particular, batizado de Bairro Seguro, composto por 26 câmeras de segurança. O objetivo era um só: conter o avanço da criminalidade no bairro, que registrava, diariamente, diversos tipos de crimes. De acordo com o presidente da Associação de Moradores do Canela (AMOCANELA), o advogado Pedro Araújo, os casos ainda existem, no entanto, em um intervalo maior após a criação do projeto, em 2021.

Se antes as queixas no grupo de moradores associados eram publicadas diariamente, hoje o intervalo ultrapassa uma semana. O último roubo de fiação, por exemplo, foi registrado no sábado , 19, na Rua Dr. Augusto Viana, 11 dias depois de um morador notificar uma atividade suspeita no bairro. “Chegava notificação [no grupo] o tempo todo. Era assustador. Hoje as notificações chegam muito mais espaçadas. Temos pouquíssimos relatos”, disse Araújo.

Apesar dos moradores criarem um mecanismo próprio para fortalecer a segurança do local, algumas situações ainda deixam a população preocupada. Uma moradora, que não quis se identificar, lembra que os estudantes que transitam pela região à noite estão vulneráveis. “Nada mudou. A criminalidade permanece a mesma. Aconteceu um assalto aqui esses dias”, disse ela, sem detalhar mais informações sobre o crime. Outro morador, que também não se identificou, disse que as ocorrências aconteciam por causa da expansão do tráfico de drogas na região.

O programa particular conta com 26 câmeras, espalhadas por 11 ruas do bairro